Doenças dos suínos

As doenças são uma das maiores ameaças que as granjas de suínos enfrentam. A saúde animal está em jogo, e um porco infectado pode colocar em risco a produtividade, a produção de carne e o lucro da fazenda.
Um programa de higiene agrícola baseado nas melhores práticas de biossegurança é fundamental para a prevenção eficaz de doenças.
A Ecolab dispõe de profissionais especializados em gestão de risco de doenças em suínos e estamos disponíveis para ajudar você a tornar sua fazenda o mais produtiva possível, mantendo os animais saudáveis.
Peste suína africana
A Peste Suína Africana é uma doença viral altamente contagiosa, de propagação rápida e mortal, que afeta porcos domésticos e javalis; não há vacina nem cura para a PSA. Porcos saudáveis são infectados pelo contato direto com animais infectados, contato com qualquer coisa contaminada pelo vírus, picadas de carrapatos infecciosos ou ingestão de carne, ou produtos cárneos de animais infectados, incluindo restos de cozinha ou ração.
Sintomas: febre alta, perda de apetite, letargia, sangramento na pele e diarreia com sangue; taxa de mortalidade aguda
Salmonella
A salmonella em suínos é uma bactéria intestinal que causa inflamação e necrose dos intestinos delgado e grosso. A infecção por certos sorotipos pode ser acompanhada por sepse generalizada. Porcos de todas as idades são suscetíveis, mas a salmonelose intestinal é mais comum em porcos desmamados e em crescimento.
Sintomas: falta de apetite; diarréia aquosa e amarela, febre até 105-106 °F/40,5-41 °C, morte súbita
Vírus da síndrome respiratória e reprodutiva suína
O PRRS é um vírus altamente contagioso que pode causar problemas de fertilidade e respiratórios em porcos e porcas. O vírus PRRS é introduzido numa fazenda principalmente por meio da compra de animais infectados, da compra de sêmen infectado e por meio do tráfego na fazenda, incluindo veículos e visitantes.
Sintomas: anorexia, febre, letargia, depressão, problemas de reprodução
Colibacilose
A colibacilose causada por cepas de Escherichia coli enterotoxigênicas (cepas ETEC) pode provocar diarreia aquosa e levar à morte em leitões neonatais. Essa forma dita enterotoxigênica de colibacilose também pode ocorrer em leitões mais velhos, não desmamados e desmamados.
Sintomas: diarréia, desidratação progressiva, pelagem rugosa, temperatura corporal subnormal, tremores
Vírus da diarréia epidêmica suína
O PEDV é um coronavírus que infecta o intestino delgado de suínos e leitões. O vírus é transmitido principalmente através do estrume. A compra de animais e o transporte de animais aumentam um risco real para a introdução do PEDV.
Sintomas: diarréia e desidratação, crescimento reduzido, alta taxa de mortalidade
Disenteria suína
A disenteria suína é uma doença diarreica micro-hemorrágica comum em suínos que afeta o intestino grosso. Conforme a doença progride, pode haver perda de sangue através da parede intestinal danificada. A morte geralmente ocorre devido à desidratação e à perda de eletrólitos. O modo mais comum de transmissão da disenteria suína é por um porco portador. Após porcos suscetíveis ingerirem os organismos, os sintomas da disenteria suína geralmente ocorrem dentro de 2 a 21 dias.
Sintomas
Porcas: a doença clínica em porcas é incomum, a menos que uma nova doença apareça no rebanho; as porcas são, na maioria das vezes, portadoras assintomáticas
Leitões: fezes pastosas, de cor marrom-clara, com ou sem muco ou sangue.
Desmamados e em crescimento: diarreia marrom-clara, contendo muco gelatinoso, que se torna aquosa e, depois de algum tempo, pode aparecer sangue em quantidades crescentes, tornando as fezes escuras e pegajosas; afundamento dos flancos com crescimento deficiente; perda parcial do apetite; leve vermelhidão da pele; desidratação; aparência abatida com olhos fundos; morte súbita às vezes ocorre em finalizadores pesados
Streptococcus Suis
O Streptococcus suis infecta porcos durante ou logo após o nascimento, por meio de porcas ou por aerossol ou contato dentro de 5-25 dias após a mistura com animais portadores. Ele se multiplica nas criptas tonsilares, é absorvido pelos glóbulos brancos e distribuído no sangue para o cérebro e as articulações. O S. suis é sensível a uma ampla gama de antimicrobianos e desinfetantes agrícolas, mas sobrevive 512 dias nas amígdalas de animais portadores e 25 dias a 9°C/48°F na poeira. Pode causar septicemia em poucas horas, o que pode matar o animal ou causar meningite, que geralmente é fatal.
Sintomas
O sorotipo 1 causa doença em leitões com 10 a 14 dias de nascença.
Sintomas: retardo no desenvolvimento, pelagem áspera, febre de 40.6-41.1°C/105-106°F e possível morte. Mais tarde, surgem articulações inchadas, quentes e doloridas, ou os animais ficam rígidos, travados ou apresentam tremores musculares, terminando em ataxia ou morte. Normalmente, até dois terços da ninhada desenvolve alguma forma da doença.
O sorotipo 2 causa doença em suínos com idade igual ou superior a 3-12 semanas, com um período de incubação de 24 horas a 2 semanas. Os surtos começam geralmente com a morte de um porco em boas condições.
Sintomas: febre de 40.6-41.7°C/105-107°F e rubor da pele podem ocorrer em suínos vivos. Sinais nervosos como falta de coordenação, tremor, paralisia, movimentos bruscos, opistótono e espasmos tetânicos se desenvolvem nessa ordem. A morte pode ocorrer dentro de quatro horas após o início dos sinais clínicos. Animais que desenvolvem meningite apresentam olhar vidrado, pele avermelhada e andar instável. Às vezes, há inclinação da cabeça. A artrite pode ocorrer em porcos mais jovens e, ocasionalmente, em porcas e leitoas. Pode ocorrer broncopneumonia. A mortalidade varia de 1% a 50% em qualquer lote de suínos e em rebanhos com infecção enzoótica pode chegar a 0,5% com morbidade de 1%.
Coccidiose
A coccidiose em porcos é causada por um parasita chamado Isospora suis. Há uma série de outros coccídios (por exemplo, Eimeria sp) frequentemente encontrados em porcos, mas são geralmente considerados inofensivos, embora em casos raros possam causar doenças em adultos jovens. O parasita tem um ciclo de vida direto entre porcos (ou seja, não há hospedeiro intermediário), com oocistos eliminados de um indivíduo infectado para o ambiente, onde passam por um processo de esporulação dependente da temperatura antes de infectar outros animais por via oral. O organismo então coloniza o intestino delgado, desenvolvendo-se por vários estágios e causando danos intestinais, levando à diarreia. Este processo leva vários dias e, como tal, a coccidiose não ocorre abaixo dos cinco dias após o nascimento, e na maioria das vezes não é vista até os 10 dias do nascimento.
Sintomas
Porcas: nenhuma, as porcas são portadoras
Leitões: a diarreia é o principal sinal clínico em estágios iniciais. Em estágios posteriores, as fezes variam em consistência e cor, do amarelo ao verde acinzentado, ou com sangue, conforme a gravidade da condição. A desidratação é comum.
Desmamados e em crescimento: crescimento insuficiente, diarreia pastosa, fezes/diarreia podem, ocasionalmente, apresentar manchas de sangue.